O telemóvel toca… procuram alguém que faça desenhos
figurativos, um simulacro de esboços num caderno diário, para um filme francês
que está a ser filmado no Buçaco.
Sim, “Um Dia Perfeito” pode fazer isso acontecer.
N”Um Dia Perfeito” damos corpo a ideias como esta, a estes
pedidos, a estes trabalhos.
No nosso coletivo aglutinamos pessoas habilitadas em
várias áreas técnicas e artísticas para responder prontamente a estas e outras
solicitações e para este trabalho são escolhidos três autores que trabalharão
num conjunto alargado de propostas para seleção final: Ana Cabral Fina, Simão
Mota Carneiro e Nuno Quaresma.
Depois de uma breve conversa telefónica fica marcado um
encontro com a pessoa responsável pela direção de arte no filme que nos irá
explicar mais concretamente o que é pretendido.
Trata-se de um filme francês, cujo produtor é Paulo
Branco, a realizadora é Fanny Ardant e Gerard Depardieu será Estaline, a
personagem principal, e parte das filmagens irão decorrer em Portugal, no
Buçaco, no Palace Hotel Buçaco, durante o mês de Dezembro de 2015.
A acção gira em torno de uma residência secreta onde
Estaline repousa por uns dias e onde um jovem pintor, Danilov, lhe vai
apresentar um projeto artístico para um monumento póstumo à memória do ditador.
Forma-se um triângulo amoroso entre Estaline, a sua amante
e o pintor.
Os desenhos pedidos constituem o caderno de esboços deste
pintor e a pessoa retratada terá sido uma antiga paixão do mesmo. A personagem
de Danilov terá sido inspirada em Aleksandr Deyneka (1899 - 1969), pintor,
artista gráfico e escultor russo considerado um dos mais importantes artista
figurativos do movimento modernista russo.
São-nos enviadas por correio electrónico as imagens,
fotografias, de uma rapariga jovem, bonita, caracterizada para a época, para
que seja desenhada como musa inspiradora de Danilov. É uma mulher de uma beleza
emblemática, o que torna a empreitada mais desafiante e prazenteira.
Alguns desenhos serão rasgados e queimados nas primeiras
cenas em que surge o caderno de esboços do pintor. É uma pena, para nós autores
que investimos cada obra de uma singularidade irrepetível, mas uma ação
compreensível e necessária para o desenrolar do enredo e construção da
personagem.
Se esta narração dos acontecimentos lhe aguçou a
curiosidade, sem revelarmos mais sobre a história, para que também não mitigue
o seu interesse na obra final que só vive na tela de um cinema, deixamos aqui o
link para o “teaser movie” de “Le Divan de Staline”, adaptação cinematográfica
de Fanny Ardant do romance homónimo de Jean-Daniel Baltassat:
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